Mais uma postagem em ritmo de GP Brasil de F1!
Hoje o destaque é a entrevista que Rubens Barrichello concedeu ao jornal Folha de São Paulo.
Chegar a Interlagos ainda lhe dá ansiedade?
É uma sensação boa, mas não deixa de dar uma queimada no estômago. É uma sensação agradável, mas uma semana de muito trabalho, que passa muito rápido. Você olha e já está em casa assistindo à corrida no domingo com os seus amigos.
Acha que sua imagem mudou depois do Mundial passado?
Acho que sim. Minha imagem foi muito perturbada pelo evento da Áustria. Não era minha vontade. Eu estava deixando de ganhar uma prova achando que eu ganharia outras dez, outras 20. Achei que ganharia mais espaço. Tudo o que eu queria na Ferrari era mais espaço. Mas não aconteceu. Minha imagem foi para baixo e acho que só começou a subir quando eu deixei o time um ano antes do fim do meu contrato. Depois teve aquela história longa, que é a mais bonita da minha carreira, que foi ficar desempregado por quatro meses. E, quando sentei num carro competitivo e voltei a ganhar provas, reconquistei a amizade dos que tinha perdido. Muito disso eu devo também ao Twitter. Não tem mais aquilo de meias palavras. Tenho 140 caracteres para expor meu pensamento.
Guarda alguma mágoa da Ferrari, da torcida...
Não, aquilo já foi superado. Aqueles momentos me ensinaram demais. Foi uma pena não ter tido mais oportunidades, mas é passado.
Já consegue se imaginar parando de correr?
Não consigo. Eu acordo de madrugada para ir para a academia e me acostumar ao fuso das corridas asiáticas, e minha mulher não entende. Ainda tenho muito gás, muita vontade. Não me vejo fora.
Já pensou que pode parar sem ter sido campeão?
Não penso nisso, penso positivo. Estou aqui porque me deram a chance de estar aqui, porque querem que eu esteja e, se estou aqui, é porque tenho capacidade de ser campeão. Vou até o último momento pensando assim. Se não der, não deu, faz parte da nossa vida ser ou não campeão em algumas coisas. Mas eu vivo só por isso.
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