27 de março de 2011

Crônica da memória

Um texto que li e achei bastante interessante o tema abordado, e de segundo plano reforça mais uma vez a importância da leitura.

"Uma das últimas grandes contribuições do grupo liderado pelo neurocientista Iván Izquierdo, em Porto Alegre - onde, mesmo aposentado formalmente, aos 68 anos de idade, dirige o Centro de Memória do Instituto de Pesquisas Biomédicas da Pontifícia Universidade Católica (PUC) — foi identificar a existência das memórias de longa e de curta duração. Mas esse conceito é apenas um, entre vários
outros, apresentados, nas três últimas décadas, pelo argentino naturalizado brasileiro.
Com base em grande conhecimento científico, evidenciado para a comunidade em mais de quinhentos
artigos, Izquierdo afirma que só podem destruir memórias motivos biológicos, como a atrofia sináptica, causada pela falta de uso, ou pelas doenças degenerativas, como
Parkinson ou Alzheimer. “Depois dos setenta anos, ao contrário do que a maioria das pessoas acredita, 70% da população não tem problema de memória”, disse. Ao usar o próprio exemplo, aproveitou para dar uma receita infalível que deixa as lembranças no lugar: “A leitura, disparado, é a melhor forma de exercitar a memória”.
Por outro lado, para o cientista, não existe dúvida de que o aspecto mais notável da memória é o esquecimento. 
Afinal, se uma pessoa se lembrasse de tudo, em todos os pormenores, não conseguiria pensar de forma genérica. Se as mulheres conseguissem reproduzir por completo os momentos da dor do parto, nenhuma teria mais de um filho. "

Retirado de uma prova de concurso.
Internet: (com adaptações).
Acesso em 16/1/2011.

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