Impossibilidade de resgatar novos corpos levou militares a encerrar buscas do voo 447
Desde o dia 1º, quando as buscas aos destroços do Airbus A330 da Air France foram iniciadas, 51 corpos foram encontrados. Mais 177 permanecem desaparecidos. De acordo com assessores das duas Forças, as condições meteorológicas, tidas como "satisfatórias" pela Marinha e como "bastante instáveis" pela Aeronáutica, não foram fatores determinantes para que os militares decidissem encerrar as buscas.
Para demonstrar a "impraticabilidade" de novos corpos serem resgatados, assessores das duas Forças lembraram que há nove dias nenhum novo corpo é encontrado na área de buscas, que chegou a ultrapassar as águas territoriais sob jurisdição brasileira, ingressando em território sob a responsabilidade de Senegal.
"Desde que nossa operação começou [no dia 1º], nós trabalhamos com o objetivo de localizar 228 pessoas", comentou o tenente-coronel Henry Munhoz, do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica. "Todo nosso planejamento, toda a logística empregada na operação foi para que isso acontecesse. Até hoje, seguíamos com botes e suprimento para que se alguém fosse localizado e o salvamento pudesse ser feito. Deixamos claro que faríamos o melhor possível e temos plena consciência de ter feito o melhor que pudemos", concluiu Munhoz.
Em 26 dias de operação, a Força Aérea Brasileira (FAB) utilizou 12 aviões, além de contar com o apoio de aeronaves francesas, norte-americanas e espanhola. No total, foram voadas cerca de 1.500 horas, o que totalizou buscas visuais numa área correspondente a 350 mil quilômetros quadrados. Já a Marinha brasileira atuou com 11 navios, navegando cerca de 35 mil milhas, o equivalente a quase oito vezes a extensão da costa brasileira. A operação envolveu 1.344 marinheiros e 268 homens da FAB.
Os custos da operação, no entanto, ainda não foram divulgados. "Esses custos certamente estão sendo levantados, mas não está no nosso nível operacional discutir, estabelecer e nem mesmo divulgar, por enquanto, isso. Nós [assessores militares] não temos essa informação e isso nunca foi nossa preocupação", disse o capitão de fragata Giucemar Tabosa, do Centro de Comunicação Social da Marinha.
Explicando que a responsabilidade brasileira era localizar e resgatar possíveis sobreviventes ou corpos das vítimas do acidente, Tabosa explicou que as embarcações francesas - o navio pesquisa francês Porquoi Pás e o submarino nuclear Émeraude - envolvidas com as buscas aos destroços da aeronave continuarão tentando encontrar a caixa-preta do avião, cujos registros de dados e voz podem ajudar a elucidar a causa da queda do Airbus A 330.
"Os navios franceses permanecerão no local para tentar localizar os sinais da caixa-preta. Já os brasileiros deixarão a área e prosseguirão ou para Recife (PE) ou para Natal (RN) para deixar os poucos destroços que ainda transportam", disse o capitão. Somente os navios brasileiros resgataram mais de 600 partes e componentes da aeronave, que serão entregues ao Bureau D°Enquêtes et D°Analises Pour la Securité de l°Aviation Civile (BEA), órgão correspondente ao brasileiro Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Fonte: FolhaOnline
Eu quis publicar esta informação devido ao fato da imprensa ter "amornado" um pouco na atualização do que tem ocorrido com esta tragédia. Ou seja, as buscas foram finalizadas e nem a metade dos corpos foi encontrada. Deve ser uma angústia, um desespero enorme à família que não teve seu parente encontrado e jamais o terá. Pelo menos a busca pela caixa preta ainda se dará, mesmo que de forma discreta e não tão incisiva. Espero que a encontrem logo e possam identificar a causa do acidente. Poderia ser uma forma de conforto, ou não...
ResponderExcluirA imprensa é assim msm, em uma semana ou 15 dias a notícia perde a relevância!
ResponderExcluirAté porque o mundo não para e nesse período surgem outras notícias.
Com relação as buscas, infelizmente, seria impossível encontrar todas as vítimas ou que seja a maioria pelo simples fato de muitos terem ficado presos a maior parte da aeronave ( teoria).
As forças armadas brasileiras mostrou eficiência e competência na sua atuação. A questão da caixa-preta cabe a França ou EUA - o Brasil não tem equipamentos capaz de rastrear a mais de 3000 m. E não vejo isso como negativo, não há necessidade.
Realmente deve ser uma angustia muito grande não saber, pelo menos, onde seu parente estar e sem ao menos ter referencia para se fazer uma ultima homenagem. Mas infelismente não há meios de continuar uma busca sem fim por uma região tão extensa, de dificil previsão de marés, ou seja, bastante complicada, além de na minha opnião e teoria parecida com a do Nauri, a maioria dos corpos deve estar ainda junto com o avião e possivelmente junto com as caixas-pretas. Também torço muito que encontrem as caixas para pelo menos desvendar esse acidente mistérioso.
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